sábado, 30 de junho de 2012

Santa Ingenuidade


Em meio à ingenuidade quase patética que acomete a maioria das pessoas, dentre as quais me incluo, somos envolvidos em situações digamos assim, inacreditáveis!

Até hoje sempre imaginei que a maior mágoa que poderíamos ter é a de nos acusarem injustamente. No entanto, os últimos tempos puderam me mostrar que: SIM! Existem dores maiores...  uma delas é a condenação, sem direito a argumentação, pois o veredito já fora dado, antes mesmo que se tomasse conhecimento quanto ao enredo da história.  Aliás, história, vil de manipulação, pensamentos egoícos e de intenções, digamos assim...duvidosas.

Toda a situação estava fadada ao insucesso, pois não se "brinca" com senstimentos alheios e segundo a visão do "pivô" de tudo, "somos todos irmanados, pois procedemos de apenas um Deus"... é muito estranho observar tamanha incoerência e dualidade. 

Uma coisa é certa Ele não se deixa escarnecer, nem permite que inocentes sejam fustigados além do que possam suportar. 

Certamente esta sensação de estranheza é decorrente da observação  dos fatos sob a ótica e a ética a mim incutidas. Temos, todos, o hábito singular (ou seria plural?) de perceber, imaginar e julgar nossos semelhantes sob o jugo de nossa ótica e padrões de comportamento. 

Até aí nenhuma novidade ou algo para se estranhar, pois nunca poderíamos avaliar alguém ou uma situação sob uma ótica que desconhecemos ou com a qual não estivéssemos habituados a observar ao nosso redor. 

Por conta disto, vivi situações de acusações, reminicências, julgamentos e condenação, por algo que nunca fiz ( e devo confessar: sequer imaginava que alguém fosse capaz de fazê-lo). 

Consequentemente,  comecei uma reflexão dolorida e quase subconciente: onde eu havia errado? Como pude ser indicada como autora de tamanho desrespeito contra outrem? 

Após longo debate de mim para comigo mesma, percebi assustada: a conclusão era bastante óbvia, afinal! Se até aquele momento eu não fora capaz de respeitar a mim mesma, meus limites, meus padrões, minha ética e tudo o mais, como poderia ser digna da confiança de alguém? 


Apesar da acusação, em si, ser injusta, certamente ela procedia; visto que se eu desrespeitava meu próprio ser, certamente seria capaz de qualquer outra atitude vil e baixa. 

Isto sem levar em consideração que a testemunha de acusação e que também fora o juiz supremo, estava fazendo uso do próprio conhecimento e ética, portanto nunca poderia imaginar que atitudes respeitosas e sadias pudessem partir de alguém.

Enfim: jamais espere que floresçam rosas em pântanos, no máximo encontraremos areia movediça e limbo. 


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