sexta-feira, 27 de julho de 2012

Homens também são vítimas de crimes de "amor"?





Com o brotar das dúvidas e ressentimentos, os relacionamentos humanos tendem a se degradar. A princípio a degradação é quase imperceptível, mas a sucessão de fatores, meramente irrelevantes, levam a um crescendo de disparidades, culminando com finais imprevisíveis  para “amores eternos”.

Claro que o previsível seria a eternidade deste, dito, “amor eterno”. Mas a eternidade é tempo demais para estar em luta constante com ”inimigas” semeadas pela volúpia despertada por um “macho carente”. 

Assim, permanecer enamorada, apaixonada e amando eternamente alguém que mente com a facilidade que abre uma lata de cerveja, torna as coisas muito difíceis e prejudicadas. 

A inconstância, a infantilidade, a inconsequência e a falta de respeito pelo sentimento do outro, declinam as afinidades, até atingir finais que poderiam ser muito mais felizes.

É humanamente previsível que se almeje o amor correspondido, e isto não é um anelo puramente feminino. O gênero masculino também anseia por isto, apesar de ser-lhes muito difícil assumir esta necessidade básica. 

Na verdade, são mais fortemente guiados pelo falo de sua virilidade, querendo primeiramente provar a si mesmos que são capazes de angariar um séquito de mulheres tão apaixonadas e interessadas por eles, que elas chegariam ao ponto de abdicarem de seu amor próprio e, muitas vezes, da própria sanidade. 

Estas mulheres acabam provando ao “Don Juan” de plantão que sim! “Ele é tão irresistivelmente atraente e desejável, que por ele cometeriam qualquer loucura.” Loucuras do tipo, agressão verbal  a outras “concorrentes”, ameaças e simulação de serem outras pessoas , a fim de instabilizar o pretenso relacionamento atual de seu ”eleito”. A insanidade é tal que os respingos de lama atingem âmbitos que elas nem  imaginam. 

Cerceando e instabilizando pessoas que nada tem a ver com seus delírios românticos, estas mulheres estão incorrendo um crime previsto pelo código penal chamado “Stalking (também conhecido por perseguição persistente) é um termo inglês que designa uma forma de violência na qual o sujeito ativo invade repetidamente a esfera de privacidade da vítima, empregando táticas de perseguição e meios diversos, tais como ligações telefônicas, envio de mensagens SMS ou através de correio eletrônico ou publicação de fatos ou boatos em sites da Internet.”

Todos devemos  estar atentos, pois a irresponsabilidade e a falta de bom senso de algumas pessoas, levam  a situações críticas e muitas vezes  irreversíveis.  

Crimes existem em todas as esferas, mas o maior crime de todos, é não respeitar  o amor que alguém nutre por nós e que foi despertado por nossa insistência em obtê-lo.




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mudanças? Você primeiro!





Tenho lido e ouvido muitos relatos, principalmente de pessoas que vivem ávidas por mudanças em suas vidas: nas atitudes de seus amados filhos, cônjuges, amigos, professores, pais, na vida financeira, emocional, profissional e,  assim, desfiaremos um “rosário” infindável de coisas e pessoas que anseiam sejam mudadas.

O mais incoerente de tudo é que essas pessoas esperam atitudes e resultados diferentes agindo e fazendo as coisas EXATAMENTE como sempre fizeram. 

A dicotomia da expectativa de obter-se novos resultados somando-se sempre os mesmos números, demonstram uma total insensatez.

Ponderando racionalmente, concluo que as mudanças só chegam quando estamos preparados, maduros e, portanto, tornamo-nos desejáveis e merecedores da mudança de alguém por nós e para nós. 

Promessas sempre existirão, mas atitudes são fomentadas no coração, depois na mente e só então se tornam realidade. 

A beleza de tudo está nos momentos. Especialmente nos momentos de espera, de busca, de esforço e de esperança. Aprendamos a enxergar e valorizar quão bela e gratificante é a caminhada! 

Apesar disto, sempre nos sentiremos preteridos ante alguém ou alguma situação, é inevitável. Isto só mudará quando estivermos prontos e dispostos a MUDAR nossas atitudes. 

Toda esta interatividade nos tornará aptos para o amor correspondido ou para a satisfação de algum outro anelo.

Desacreditar desta verdade é morrer em vida. Digo isto porque “vivo” e já vi e ouvi coisas inacreditáveis!


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Direitos Humanos


(Imagem do Google)
Esta semana estava assistindo a um dos inúmeros documentários que tratam dos direitos dos deficientes físicos. A reportagem mostrava a situação vexatória de um cadeirante, graduado, empregado, mas dependente do transporte público para locomover-se. O fato reportado foi gravado na cidade de BH, mas a realidade está pareada em todas as cidades brasileiras. 

O desrespeito aos ditos “diferentes” ou “especiais” já está implícita nos próprios termos que os definem. 

Senti-me particularmente tocada, pois tenho um irmão deficiente físico, o qual certamente enfrenta situações semelhantes. Apesar de não ser cadeirantes, ele é usuário de muletas ortopédicas, fato que o torna um pouco mais independente que os cadeirantes, mas que o impede de muitos outros hábitos do cotidiano dos citadinos.

Bem, o que queria deixar registrado é minha total indignação, pois em um país onde os “direitos humanos” são amplamente divulgados em campanhas publicitárias, legislações municipais, estaduais e federais, os direitos de cidadãos tão dignos e pagadores de impostos como quaisquer outros, são tolhidos pela inobservância às suas necessidades básicas, tais como transportes públicos adequados, calçadas e passarelas com rampas, corrimões e, acima de tudo, empregos dignos de sua escolaridade. Estes direitos elementares têm sido ignorados solenemente, expondo-os a humilhações que poderiam ser tranquilamente evitadas.

Os deficientes físicos e mentais não podem, nem devem ser encarados como inferiores e sim como portadores de necessidades especiais, as quais têm total e pleno direito de terem respeitadas e supridas.

Os direitos humanos são para: negros, brancos, asiáticos, índios, crianças, adolescentes, idosos, deficientes, enfim para todos nós,  humanos! E devem ser respeitados,  não necessariamente na ordem em que os citei. 





Lutemos pelos direitos de todos!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Amar é verbo intransitivo?


Imagem Google - Autoria desconhecida



Estava lendo este trecho de Mario de Andrade: "Amar é verbo intransitivo. O amor atrai pela promessa do bem, mas cutuca uma ferida narcísica: expõe nossa carência, nossa falta em sermos completos como gostaríamos. Quando amamos, sofremos porque vemos no outro tudo o que nos falta e queremos. Sofremos porque temos medo de que o outro goste menos de nós e nos abandone, levando consigo uma parte nossa que nos desabita." 

 
Repassando mentalmente, pude checar a incoerência da primeira frase, que também intitula a minha postagem, tendo em vista que o verbo AMAR é um verbo TRANSITIVO DIRETO. 

Toda esta incoerência  entre o título  da obra e as regras de linguistica somam-se à incoerência de delegar a outrem atributos que nos completariam. Até bem pouco tempo cria que atitude deste nível, seria, na mais suave definição: piegas, infantil, inocente, insana. 

Para mim soava inverossímel e, até certo ponto, perigoso, delegar a alhures a dependencia da própria felicidade (a minha felicidade, então? A mim cabia!). Minha síndrome de independência não poderia conceber a dependencia do amor alheio para o fim meritório de minha felicidade e equilibrio emocional. 

Estava justa e acertada comigo mesma: eu me complementava e fazia feliz. Minha alegria e bem estar atrelados e dependentes do fato de ser amada por um homem? Loucura! Totalmente fora de propósito este romantismo e dependência.

No entanto, o bom senso da maturidade alertou-me  que a independencia começou a clamar pela dependência. O andar livremente começou a exigir um braço forte para amparar meus passos. O colóquio unilateral da minha voz de soprano, começou a suscitar uma voz mais grave e sábia em que pudesse estribar a solução de alguma  dúvida ou problema. 

Então o inesperado veio comprovar que não existe a possibilidade quixotesca de "antes só do que mal acompanhado" ou "eu me basto"...

Todos precisamos entender que somos incompletos, fomos criados para estarmos em dupla (homem e mulher) para juntos construirmos um lar harmonioso, equilibrado no amor mútuo e na alegria de compartilhar as vidas.

Reconhecer nossa dependência de um amor companheiro e cúmplice nos faz humildes para sermos escolhidos como desejáveis. E acima tudo aptos a sermos e fazermos felizes a quem também de nós depende para se completar.

Amem a vida, amem o amor!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Planos e coração







Em sua infância, costumava ser crédula e confiante, como toda criança o é; convivendo, brincando, criando mundos, junto com seus super-heróis favoritos e princesas dos contos de fadas, convivendo em harmonia com os que residiam no mundo real, feitos de carne e ossos.

Cedo descobriu o egoismo das pessoas e a falácia manipuladora dos contos de fadas; então revestiu-se com a couraça da justiça. Da sua justiça, egóica, friamente planejada, articulada, mas útil aos propósitos que a geraram. 

Não tinha a intenção de magoar ninguém. Na verdade, o instinto de preservação estava tão arraigado, que sequer ponderava ou lembrava da existência de outras pessoas, o que se dirá de seus sentimentos.

A necessidade de proteger-se dos eventos que presenciara com outras pessoas (algumas bem próximas, outras nem tanto) transformaram-na em uma adolescente fria, distante de todos, mas portadora de um sorriso e uma sagacidade de pensamentos que fascinavam o sexo oposto, atraindo um clã de amigas ávidas pelos rapazes que fossem descartados em suas investidas de conquistar a portadora do sorriso enigmático.


A vida transcorria da maneira meticulosamente planejada por ela, sem muitos sobressaltos ou surpresas, pois mantinha,  inacreditavelmente, o controle de seus sentimentos e coração.  Conheceu pessoas, fez amigos e amigas, inspirou paixões e até um grande amor... mas mantinha-se morna, controlada e controlando tudo o que se relacionasse ao seu coração. 

Mas todo o controle é ilusório. Existe uma força maior do que a nossa consciência, do que nossos desejos... o inesperado aconteceu, invadiu seu mundo, suas coisas, seus desejos, seus projetos, suas articulações, sua vida. Chegou sorrateiro, como na música de Chico Buarque, "e ganhou seu coração ... mas não lhe negava nada e assustada, disse NÃO!". 

O portador de um linguajar fascinante, envolvente, enigmático, suscitou dúvidas, mas ao mesmo tempo enamorou, fascinou. 

Um fascínio crescente, alimentado por mais enigmas, presenças e ausências. Presença estando ausente; invasão, quando presente. Entorpecendo, minando e fazendo cair todo o aquartelamento por ela criado... 

Ela não percebia o fio tênue que começava a envolver sutilmente todo o seu ser, vendando-lhe os olhos e sentidos. A privação de sua visão clara e do instinto de preservação, iniciaram sua derrocada (ou seria vitória?)... 

O coração aqueceu muitos graus acima do morno, as crenças infantis voltaram a povoar seus pensamentos; o desejo de ser amada, de ser querida transformaram seu cérebro e coração em um vulcão em plena atividade, ebulindo todo o magma incandescente, como um rio caudaloso repleto de pensamentos apaixonados e apaixonantes, que haviam ficado retidos por anos de auto-controle. 
 
O medo de perder o alvo de seus desejos, do complemento do seu ser, do portador da parte faltante para completar sua felicidade, a tornaram  uma mulher melhor, mais humana, mais confiável, mais adorável. 

Consumado, estava, o plano e a teia preparados pelo coração daquele  homem apaixonado, que a "idealizara" (em algum momento de sua vida) como a parte apartada de sua existência, mas primordial para sua felicidade. Ele havia intuido até seus traços, sua aparência e pressentido seu modo de ser, de sorrir, de olhar.

Ele também traçara planos, determinara prioridades, escolhera com que armas lutaria para conseguir seu objetivo e foi em busca da princesa que já ocupava intuitivamente o trono do seu coração.

Deduzo que tais anseios, bem mais humanitários do que os dela, sejam a causa dele ter logrado êxisto em seu intento e ela não! 

Ele não estava interessado na auto preservação! Seu anelo tinha um "que" de divino: compartilhar com a mulher idealizada o que sobejava em seu coração.

Ou seja, aquele homem estava impregnado pelo verbo AMAR (no modo "intransitivo")!




Qual o propósito de nossa estadia?




As leis, preceitos e ordenanças do Evangelho existem como uma bússola, uma direção a ser seguida, e por conta do ARBÍTRIO escolhemos obedecer e seguir ou desobedecer  e seguir um rumo oposto.

É importante ressaltar que se Cristo não viesse em carne para ser-nos o exemplo perfeito, testificando que apesar de nossa previsível fraqueza enquanto humanos (e Jesus também se fez carne e perseverou – Heb. 4:14-15) é sempre possível fazer boas escolhas que reverberarão em toda a nossa existência e por nossa eternidade depois  que cruzarmos o véu da morte. Por este simples fato, Erasmo estaria julgando e professando erroneamente, pois dependentes somos do exemplo de Cristo, nosso Salvador. E será Ele o “Advogado no grande e terrível do Senhor” , para todos os humanos e não apenas para os cristãos.(1Jo 2:1  e Heb. 7:25)

Jesus compartilhou as boas novas (a lei) para ser seguida e não apenas para mostrar-nos o que é PECADO. (1Jo 2:1-8) .  São os homens que distorcem o que é simples e claro no que foi deixado pelos profetas antigos e principalmente no ministério de Cristo e seus Apóstlos, ou seja, tudo está intrinsecamente ligado (observância às leis de Deus e o arbítrio humano).

Pensem comigo e me digam o que imaginam: qual seria o propósito de Deus em enviar-nos a esta terra, dar-nos mandamentos que NUNCA poderíamos cumprir,  por sermos fracos;  e, ao fim de tudo voltarmos todos para o “Seu colo” como crianças mimadas e sem nenhum aprendizado?

Viemos aqui passear? Fazendo o que bem escolhermos e voltamos para o “lar celeste” com uma bagagem de desobediência, certos do perdão eterno, mesmo sem nos arrependermos, só para termos um pouquinho mais de distração?

Em que se edifica o homem, senão na observância dos desígnios do Pai? Trazendo paz ao coração. Servindo desinteressadamente ao próximo, carente financeiramente ou não, a fim de assemelhar-se à Cristo.

Acredite, caríssimo leitor,  a fraternidade, a benevolência, a caridade e o amor existem. Estes atributos são nossa herança divina por sermos filhos de um Pai amoroso, mas o ARBÍTRIO faz com que cada um siga o caminho de sua consciência sobre o certo e o errado. Enquanto nossa dura cerviz, acrescida das confusões e sugestões que o inimigo de nossas almas oferece, muitas vezes leva-nos ao cativeiro do pecado.  (Isa. 14:12 e Apoc. 12:7-12)

Portanto o individualismo, o egoismo e a ganância, certamente provém de escolher seguir o caminho oposto ao que é ensinado (e sugerido) através da lei do Pai Eterno, passado a nós por meio de profetas. Este tipo de caminho contrário aos mandamentos, certamente chama-se "escolha" e não ARBÍTRIO (seguir ao que é certo).

Um grande abraço a todos.



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Questões sobre Arbítrio





Ultimamente,  tenho observado pessoas questionando sobre a validade e o real significado do termo "arbítrio". 

Alguns o tomam como liberdade de fazerem escolhas certas ou erradas, ao seu bel prazer, pois “a vida é uma só, comei e bebei ...”

Outros imaginam que é um conceito tolhedor e maniqueísta;  outros, ainda, consideram  como uma forma de nos auto intitularmos semi deuses e acima de qualquer punição ou reprimenda.

Tecerei  alguns comentários (e estou longe de querer evangelizar ou impingir minhas crenças, como os "beatos incovenientes" o fazem). O meu desejo aqui, é expor algumas observações e conclusões, desejosa de receber comentários que possam complementar ou trazer à luz aspectos, a mim, ainda obscuros.Comentários são muito bem vindos!


Quando Moisés se encontrou com o EU SOU no episódio da "sarça ardente",  no Monte Horebe,  ele recebeu a ordem de ir a Faraó para pedir a libertação do povo hebreu, sendo alertado da dureza de coração do rei e das maravilhas que EU SOU faria nas terras egípcias,  levando Faraó a liberar o povo do convênio, ao final de tudo.

 
A escritura é bem clara, quanto às advertências e orientações, visto que EU SOU é o mesmo onisciente do passado, do presente e do futuro; sendo, portanto, capaz de saber e decidir a quem e como orientar ante determinada situação.  Este fato,  à primeira vista, pareceria manipulação de atos, levando-nos a considerar a inexistência do livre arbítrio, certo?

No entanto,  todos temos uma partícula da divindade, somos descendentes DELE;  herdamos atributos divinos e, a partir disso, sabemos discernir o bem do mal, o certo do errado. 


Temos (sim) perfeitas condições de escolher o certo (obedecer) ou o errado (desobedecer), ficando à  mercê das consequências das nossas escolhas.

Moisés tinha a opção de declinar ao pedido do Senhor, exercendo o seu arbítrio. Ao invés disto (apesar de temeroso), decidiu obedecer às Suas orientações e, ainda assim, exerceu o seu arbítrio. 


Certamente, se declinasse à obediência, apenas sua existência e a de sua posteridade seriam  afetadas por sua decisão. No entanto, a atitude deste profeta foi importante para o destino de todo o povo hebreu.


O  plano, seria cumprido de qualquer forma, fosse através de Moisés ou de outro profeta levantado como portador das "boas novas", devido à onisciência e onipresença do Pai. Portanto, caríssimo leitor, considero, que o arbítrio existe. Temos liberdade para decidir o que melhor nos aprouver. 

Não somos meros fantoches (esta era a proposta de Lúcifer); somos filhos e filhas amados do Pai Celestial; Dele herdamos  Sua imagem e semelhança e, apesar de infinitamente limitados, somos portadores do discernimento entre o bem e o mal, a partir da transgressão de Adão. (Apoc. 12:7-17).

Recebemos um corpo físico para sermos  testados, dentro de nossas limitações e seremos avaliados dentro dessas mesmas limitações, para sermos considerados aptos (ou não), a voltar a viver com Ele, em Seu Reino Celestial.


Somos completamente dependentes de nossas escolhas para alcançarmos o galardão ao qual nos propusemos herdar, muito antes de ganharmos esse corpo e os desafios decorrentes de nossas imperfeições e mortalidade. (Jó 38:4-7, Atos 17:28-32 e Ecles. 12:7)

Bom dia e um abraço a todos!



Esperança e gratidão







 
O raiar desta manhã fulgurante, sem explicação plausível ou lógica, veio acordar-me com um beijo luminoso na face, fazendo aquecer o coração tristonho.

O calor deste afago fez-me lembrar de um amor incondicional, completo e repleto de caridade. Todo o meu ser ficou extasiado. 

Ainda deitada em meu leito, admirando os tons, cores e sombras atravessando a vidraça de meu quarto; percebendo os sons nascidos de uma natureza, pungente, gentil, amorosa e repleta de belezas.

Belezas muitas vezes “invisíveis” aos olhos e ouvidos ingratos e apressados de uma humanidade despreocupada em perceber  tanta benevolência compartilhada conosco.

O gorjeio da passarada, sutil, melodioso, massageando meus ouvidos e coração, com canções perfeitas, naturais e inebriantes, emprenhando os pensamentos com a esperança de dias mais aprazíveis.

O marulhar das ondas batendo na praia, que posso supor, sem ouvir (devido ao burburinho da cidade), mas que certamente massageia o ego dos que podem percebê-las bem de perto, contemplando esta demonstração de amor de uma natureza grandiosa e gentil. 

Hoje despertei  com um sentimento, há algum tempo esquecido por mim: a GRATIDÃO por estar viva e ser filha do grande autor desta obra maravilhosa. 

Portanto, só existe uma alternativa para mim (ou seria para todos nós?): ser e estar FELIZ em todos os dias. Obrigada, meu Pai Eterno!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A Relatividade da Verdade


No empedernido coração humano, onde a altivez e o egoismo são a marca registrada. A busca pela verdade torna-se inócua, pois a verdade é relativizada conforme a necessidade de cada indivíduo.
Algumas vezes, verbaliza-se a verdade para demonstrar uma "honestidade necessária"  à conquista da confiança alheia. Ora, camuflam-se verdades "inconfessáveis" com justificativas, visando amortizar o efeito da revelação. Em outras ocasiões, a mentira é explanada de maneira tão convincente, que o próprio mentiroso acaba por crer em seu enredo.

Esta crença, chega a extrapolar as raias da sanidade: onde o criador se contrapõe às evidências, buscando a todo custo macular a verdade fulgurante com mentiras vis e evidentes.

Concordemos que a verdade é mesmo relativa, visto que todas as justificativas são válidas, quando cremos estar fazendo o que é certo (sob nossa ótica), pois apenas o que nos agride pode ser considerado errado.

Se a mentira é o único meio para manter-se emocional e mentalmente sadio e protegido ante determinadas situações (e se este fato não provocar nenhum desconforto do ponto de vista ético), então a referida mentira é uma "verdade relativa" e portanto será aceita como tal, pelo menos por quem a profere.






Falácia e sedução



Existe uma lei universal que propaga: “tudo um dia será desvendado”, não importando se é uma lei da Física, da Matemática, da deslealdade, do amor, da sinceridade, da benevolência, da caridade ou da amizade.

Todas as coisas, por mais ocultas e protegidas que estejam na natureza ou  escondidas sob um convênio secreto, virão à tona.

A maior prova da afirmativa que aqui compartilho é a leve inspiração que, às vezes, sentimos em procurar isto ou aquilo em determinado lugar e supreendentemente encontrarmos as “novidades”, sem imprimir muito esforço para tal.

O mesmo se dá quando, inocentemente, acreditamos em alguém, de maneira tão cega, que os fatos surgem em “outdoor”, gritantes, apontando-se para serem descobertos, avaliados  e colocados à luz da verdade, mas insistimos como crianças mimadas e desejosas de manter o antigo brinquedo, totalmente danificado, sujo, sem o brilho original, mas tão querido, que mesmo sendo inútil a qualquer  tentativa lúdica é mantido sob o aconchegante abraço infantil.

O sentimento de impotência ante os fatos, evidentes e anunciados nestes “outdoors” geram sentimentos de sofreguidão e insegurança, que transformam vidas em um martírio de insanidade e buscas, que por mais razoáveis que sejam, só permeiam mais podridão e falácia.

Falácia de belas palavras, fabulosas, envolventes, mas rasas como um  córrego à beira da extinção. Palavras que fazem sonhar e crer em um amor inexistente e fantasiado (ou quem sabe, plural e distribuído aos quatro ventos). Inverossímil como um caudaloso rio de chocolate. Amargas como o sabor de um copo de veneno, degustado enganosamente como se fora uma taça do mais desejável vinho tinto.
 
O sabor da descoberta do engano descomunal, hediondo e sem uma motivação lógica, só me fazem crer no que minha racionalidade sempre apontou: “o amor é o maior engodo, criado para que pessoas inocentes e crédulas sejam levadas ao sacrifício infrutífero e à frustação que sangrará o coração para ser entregue ao seu algoz, em uma bandeja de prata.”




domingo, 1 de julho de 2012

Social ou Promocional?



A importância que se dá às coisas materiais acaba causando nos seres humanos uma insensibilidade crônica.  Cada pessoa só se preocupa com seus problemas, seu próprio bem estar e que se exploda o restante do mundo e das pessoas.

Esta visão peculiar e egoísta  tem regado o imaginário humano desde que o mundo é mundo. Não importa o quanto se orienta a criança desde a mais tenra idade , para dividir, compartilhar. O individualismo e o egoísmo são visíveis até nos seres humanos ainda na primeira infância. É inerente de nossa espécie este instinto de auto preservação, controle  e consequente despreocupação com o bem estar do próximo. 

Como diz o ditado: “Farinha pouca, meu pirão primeiro!”

As campanhas governamentais, eclesiásticas e sociais apontam para o “dividir”, mas os gananciosos só visualizam o multiplicar sem preocupar-se com quantos “corpos” ficarão pelo caminho.

Digo “corpos” não apenas no sentido figurado, pois que existem muitos que estão morrendo à mingua nas filas do hospitais, onde a carencia vai desde o algodão até o pessoal especializado. Isto sem citar a degeneração da produtividade, incitada pelos “bolsa-tudo”.  

Nesse país, de mais de 190 milhões de habitantes, a procriação é incitada através de campanhas que pagam “X “por cada filho de até 8 anos ou mais velhos se, em idade escolar.  

Para onde iremos daqui a alguns anos, onde pessoas mal acostumadas a terem seu 
sustento gerado através de custeio governamental, sem preocuparem-se em ter uma boa formação profissional e consequente colocação  no mercado de trabalho para gerar renda com sua própria suor?

Que país é este onde é mais fácil gerar 10 filhos para fazer juz  a uma “bolsa-família-gás-leite-etc” do que procurar profissionalizar-se, inserir-se no mercado de trabalho e gerar renda, pagar impostos e ajudar o pais a crescer? 

è surpreendnete, mas o mercado está extremamente carente de mão de obra especializada.Pasmem!

Por outra lado,  existem as campanhas para controle da natalidade, orientação a adolescentes, doação de preservativos, etc... `eum atitude  incoerência, populista, até! Pois ensina uma coisa e  promove  o oposto com estes subsídios e doações.

E a educação? Acho louvável a criação  de cotas para índios, negros e outras minorias, mas segunda minha ótica, o educação básica é que deveria ser melhorada, promovendo aos alunos da rede pública um conhecimento igualitários aos oriundos das redes particulares, para que possam concorrer às vagas nas melhores universidades ou Centros de Formação Profissional, sem as disparidades que observamos atualmente.   
 
 
É certo que a pobreza e as desigualdades  sempre existirão. Seria utópico imaginar sua extinção; mas dignidade é bem diferente de paternalismo imediatista, que resolve o hoje, mas cria o câncer da inércia para a posteridade.