quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SORRIA, ESTÃO TE OBSERVANDO...




Imagem Google - Autoria desconhecida
                                            
                        
Se começamos a reparar o comportamento das pessoas que nos cercam: sua forma de reagir às decepções e contrariedades, sua maneira de sorrir ao cumprimentar algum conhecido ou desconhecido, seu olhar ao ver uma criança passando, a maneira como aperta a nossa mão ao chegar ou ao nos serem apresentadas, sua gratidão ao receber ajuda ou um presente inesperado, poderíamos tirar muito aprendizado e conhecimento destas pessoas.

Pode parecer loucura ou arrogância o que estou a afirmar, mas estas simples observações só ratificam a célebre frase: “atitudes dizem muito mais que mil palavras”.

Por exemplo, quantas vezes já nos enganamos “rotulando” uma pessoa que acabamos de conhecer, como sendo arrogante ou fria, sem dar-lhe o benefício da dúvida, visto que não conhecemos seus hábitos e sua forma de pensar? E nem por isto deixamos de lançar-lhe nossa precipitada avaliação.

No entanto, se observarmos cuidadosamente a forma como esta pessoa olha terna e sorridentemente uma criança que passa, serelepe. Ou quando parte, em disparada, para acudir qualquer pessoa que tropeça e cai, a alguns metros de distância, mesmo que lhe seja uma completa desconhecida, então perceberemos quem ela realmente é.

Por outro lado, como confiar em uma pessoa cujo passado de infidelidades (conjugais ou fraternais), é tão numerosamente relatado, que ela mais se parece com um ser mitológico de inúmeros tentáculos? Como?

Talvez, observando sua atitude amorosa e cuidadosa, o seu olhar de comprometimento e amor, sua fidelidade aos ideais e sonhos em comum e, principalmente, a total ausência de indícios das infidelidades outrora praticadas.

Por outro lado, como perceber que aquela pessoa “certinha e perfeitinha” é uma pessoa falsa e interesseira, sempre disposta a enganar para obter benefícios em seu próprio favor? Como?

Mais uma vez digo, talvez, observando seus olhos, sempre fugidios ao fitar prolongado, sua risada cruel quando algo de ruim acontece com qualquer pessoa, sua língua sempre pronta à difamação de algo ou alguém.

Quando pararmos e confrontarmos os desfechos de muitas situações e o comportamento dos agentes causadores das mesmas (independente de seu repertório de palavras), perceberemos assustados, que as consequências eram completamente previsíveis, pois jamais nascerão maçãs de uma laranjeira.

Um grande abraço e fiquemos atentos às nossas atitudes e julgamentos, "pois com mesmo quilate que julgarmos seremos julgados"...



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ACORDA, ALICE !!!


(Imagem do Google - Autoria Desconhecida)
Vou contar uma história, real e autorizada pela personagem principal, que não se chama ALICE, obviamente; mas é assim que a chamo, principalmente quando ela se perde em suas divagações e sonhos, ficando impossibilitada, por isso, de perceber a realidade.

Presumo que seja este seu principal mecanismo de defesa: a ilusão. 

ALICE é uma mulher jovem, bela, inteligente e criativa. 

Minha querida amiga sempre foi afeita a iludir-se facilmente. Talvez, por ser muito correta em suas coisas e extremamente sincera em seus relacionamentos ela sempre fora enganada por falsos amigos e pretensos “apaixonados”.

No entanto o seu “engano” era sempre superficial, pois ALICE jamais permitira-se apaixonar-se por alguém. Seus relacionamentos afetivos eram sempre rápidos. Sua sagacidade e vivacidade tendiam a afastar os “Don Juan” de plantão ou a mostrar-lhe,  de pronto, a real faceta desses cidadãos, antes que ela caísse em um engodo romântico.

Mas um dia ALICE, por distração ou por ser a hora, teve o fatídico encontro com aquele que seria o amor de toda a sua vida e, provavelmente, o autor de todas as tristezas que ela experimenta, hoje em dia. 

Conheceram-se (não tão inusitadamente) em um site de relacionamentos, corresponderam-se por um tempo e tão logo foi possível encontraram-se pessoalmente. 

A esta altura ela já estava completamente envolvida com aquele homem, que para ela não era mais um estranho e sim a sua “alma-gêmea”. Ele alegou-se totalmente inebriado com a beleza de ALICE (que realmente é muito bela).

Ambos mostraram-se atônitos e maravilhados naquele primeiro encontro, do qual sei os detalhes de tanto que ela repetiu, incansavelmente, para mim (sua fiel confidente).

Bem, o tempo passou sob muitas promessas de amor e planos de um futuro juntos. O romance seguiu uma linha ascendente de cumplicidade, harmonia e muito, muito amor.

Como seria natural, ALICE ansiava pela concretização daqueles planos, visto que o tempo urgia e o seu eleito não se decidia. 

ALICE começou a perder aquele brilho de alegria no olhar. O sorriso luminoso passou a ser de um tom amarelado, quase ambar. As esperanças foram literalmente remetidas ao "reino do nunca". Enfim, ALICE estava se perdendo de seu amor.

Ele, por sua vez, cobrava dela a luminosidade e alegria do início, quando as promessas e sonhos estavam sendo projetados para o futuro. Só que ele não percebera que o "futuro" já havia chegado, daí o desencanto de ALICE.

Conversaram várias vezes sobre o assunto, sem chegarem a um denominador comum: ele acusando-a de "exigente e impaciente" e ela impassível, apenas esperando e chorando... (Esperando? Não sei o quê!?)

ALICE, escrevi este texto, para você: pare de esperar, tome o rumo de sua vida, o leme de seu navio, volte a sorrir e iluminar os dias das pessoas que te admiram, com tuas atitudes de fraternidade encantadoras. 

Diga para o seu "fulaninho" a frase "AME ou DEIXE-ME!"

O mundo pode ser uma maravilha, basta saber o que se quer e dizê-lo!!! ACORDE, ALICE!





sexta-feira, 24 de agosto de 2012

MECANISMOS DE DEFESA

(Imagem do Google - Autoria Desconhecida)

                

A natureza humana (engenhosamente criada, por um SER superior e dotado de conhecimentos impensáveis por nós, meros mortais), possui diversos mecanismos psicológicos de defesa, que nos protegem uns dos outros e de nós mesmos.

Neste texto falarei sobre três deles: as ilusões, a agressividade e a racionalização.

As ilusões - impedem-nos de ver a realidade dos fatos e das pessoas, mas apesar disto (e talvez por isto) sejam as distorções perceptivas mais necessárias ao ser humano, em seus relacionamentos ao longo da vida. 

Precisamos ser entorpecidos com algumas ilusões, para suportarmos a realidade de um amor não correspondido, do final de um relacionamento, da morte de alguém muito querido, da partida de um amigo para estudar fora, da perda do emprego, da separação dos pais... 

O "castelo de ilusões", criado em nossas mentes, amortece o sofrimento em várias  situações (apesar de nos desviar da realidade)! Todos precisamos desse entorpecimento, uma vez ou outra, durante nossa jornada. 
  
As ilusões nos mantém protegidos dos atritos psicológicos gerados por situações-problema, algumas delas criadas por nossas próprias escolhas e, outras, geradas pelo cotidiano de "ganhos e perdas"; nessas situações, criamos um mundo paralelo, suave e aprazível, no qual os aspectos negativos são substituídos por emoções positivas, beleza e qualidades que, por si só, já embotam o desgastante enfrentamento com a realidade dura ou indesejada.

Sem esse mecanismo, enlouqueceríamos e faríamos com que os circunvizinhos, enlouquecessem junto conosco.

A agressividade - é outro mecanismo frequentemente utilizado, por algumas pessoas,  para protegerem-se da realidade. 

Em alguns casos, essas pessoas valem-se desse mecanismo, utilizado-o ostensivamente, como um atributo físico ou artefato de guerra, mantendo-se livres de comentários ou acessos indesejados.

A agressividade é o tipo de mecanismo de defesa que, independente de sua motivação, sempre será considerado inadequado, visto que todas as coisas podem ser resolvidas amigavelmente e com diálogos produtivos.

Por outro lado, a agressividade inspira reações exponencialmente maiores que as exercidas iniciamente e, ainda, gerará outro sentimento nada positivo: o desejo de revide, de vigança - que, se alimentado - gerará uma profusão de violências, cada vez maiores e desgovernadas.

A racionalização - é  muito comum nos percebermos em situações, muitas vezes embaraçosas, nas quais buscamos justificar, racionalizando que "tudo o que está ocorrendo é decorrente disto ou daquilo" e não temos nenhum controle ou culpa quanto ao fato.

A necessidade de justificarmos nossas atitudes já seria razão suficiente para sabermos estar agindo, no mínimo, incorretamente; pois "o que precisa de explicação ou justificação" não seria o caminho natural ou esperado, visto que "o natural", segue seu fluxo, sem precisar de orientação ou lauda.

Os intrínsecos e complexos mecanismos de defesa humanos, são formas de nos absolvermos ou eximirmos de culpas, imputando-as às situações ou a outrem. 

Na verdade, quando buscamos esses instrumentos para protegermo-nos de riscos (imaginária ou realmente) iminentes, seria o justo momento de tirarmos nossas máscaras, expondo nossos medos e dúvidas, estimulando aos que nos cercam a fazerem o mesmo.

Esconder-se atrás de máscaras, ou fingir não enxergar a máscara alheia, reluzindo sob nosso olhar (míope pelo amor ou pelo ódio), seria uma atitude semelhante ao mito do  avestruz: que mergulha a cabeça no buraco para esconder-se dos perigos, mas mantém o restante do corpo vulnerável às intempéries ou ataques dos inimigos e predadores.

Boa Sexta-Feira para vocês!






sábado, 18 de agosto de 2012

EGO



Em dias de muita ocupação, trabalho, estudos, amigos, igreja, relacionamentos afetivos e familiares, normalmente não temos tempo para pensar em nosso EU, em nossa forma de agir, enfim em nosso EGO.

Simplificando a definição da Psicologia,   ele (o EGO) é o responsável pelo equilíbrio entre o nosso EU primitivo  (ID) - afeito a impulsos - e  as regras sociais, bem como a ação do nosso EU castrador (SUPEREGO).

O Ego funciona como um juiz, equilibrando nossas atitudes em consonância com as situações surgidas. 

É bem verdade que esta função deve ser muito complicada, pois transparecer e agir equilibradamente é tarefa, no mínimo, trabalhosa na maioria das situações. Principalmente devido ao fato de todo ser humano achar que a razão está sempre com ele. Os outros sempre estão enganados ou agem de maneira impertinente para consigo.

Egos superinflados percebem o mundo e as outras pessoas, como conspiradores dramaticamente voltados a prejudicar-lhes a vida, o trabalho, o casamento, o relacionamento com os filhos, pais, amigos e etc. Enquanto outros, em sentido completamente contrário, almejam, planejam e (realmente) conspiram para prejudicar a outrem, especificamente ou a humanidade, como um todo.

Nessa linha de pensamento é que se encontram os grandes tiranos e os "mártires eternos", ambos segmentos sentindo-se o centro gravitacional de toda a terra. 

Em outra linha de pensamento e ação, encontram-se os que se imaginam capazes de atos de qualquer filosofia ou ética, sem que lhes sejam imputadas quaisquer sanções. Neste grupo encontram-se os sociopatas, psicopatas, esquizofrênicos, cujo EGO é incapaz de controlar o seu lado primitivo (o ID).

Fico imaginando, nos momentos dramáticos de toda a história da humanidade, tentando classificar este ou aquele personagem, de acordo com suas atitudes em seu contexto histórico. É uma atividade bastante interessante, mas inócua, pois o passado já se foi e classificar-lhe os personagens, sob esta ótica só seria util para um estudo cientifico.

No entanto, considero de importância bastante significativa que cada "personagem" da atualidade (incluindo a mim e à cada uma das pessoas que me lerem), busque a generosidade de preocupar-se com o outro e com a satisfação de seus anseios pessoais, familiares e profissionais.

Se cada de um de nós, buscar suavizar o nosso superinflado EGO, compartilhando o companheirismo, a fraternidade e o amor, certamente tornaremos nossas ruas, bairros, cidades, estados, países e o mundo como um todo, em lugares melhores para se viver, onde a violência gerada pelo "eu estou em primeiro lugar" ou a omissão gerada pelo "não tenho nada com isto", seriam atenuados e com isto as desigualdades.

Sabemos que existem atitudes de auto-preservação, extremamente necessárias, mas o que estiver fora deste contexto deveria ser observado e modificado por cada um de nós. 

As mudanças não acontecem do nada, elas precisam de alguém para iniciá-las. Que tal superinflar o seu EGO, com o fito de prover um mundo melhor para seus filhos e netos?

Bom final de semana!






domingo, 12 de agosto de 2012

Pai



 

PAI - Palavra simples de apenas três letras, mas que defino como portadora de três atitudes embutidas PACIÊNCIA, AMOR e IMAGINAÇÃO.

PACIÊNCIA, por esperar ansioso durante nove longos meses, junto com a progenitora de seu rebento, o momento encantador de acalentar a pequena criatura gerada e nascida de seu amor. 

PACIÊNCIA testada, a cada momento, durante a gestação, onde cada enjôo, tontura, desejos são muitas vezes compartilhados pelo ansioso genitor. Depois do nascimento, mais testes ao longo das noites insones.  Quando o pequeno rebento em adaptação (ao mundo estranho, frio e desconhecido), chora desejoso de manter-se aninhado no regaço de sua progenitora, da qual reconhece até o cheiro. Do pai? Nem quer saber, mas é ele quem se levanta em desespero todas as noites, para acalmar os gritos ensurdecedores  do pequeno, visando acudi-lo e, ainda de quebra,  poupar o sono de sua companheira.

AMOR, comprovado a cada ato heróico, seja ele a troca da primeira fralda, a primeira vacina, o primeiro tombo, o primeiro machucado, a primeira briga na rua, fatos que levam estes super-heróis da vida real a vestirem suas capas e saírem em defesa e  proteção de seus amados rebentos.

AMOR testado em cada birra, malcriação, nota baixa ou desobediência, quando o coração destes homens incríveis, fica dividido entre o castigo severo, para educar ou perdoar a inocência daquele “serzinho” tão querido. 

AMOR que transborda de seus corações quando, olhos marejados de lágrimas e orgulho, assistem aos sucessos de seus rebentos, quer sejam na vida escolar, profissional ou emocional.

IMAGINAÇÃO, quando em dificuldades financeiras ou nas crises matrimoniais, arranjam um jeito de manter seus queridos filhos protegidos das agruras da vida, até que não lhes seja mais possível fazê-lo.

Sinto-me orgulhosa, por conhecer pais tão especiais, dedicados, apaixonados e comprometidos, sendo biológicos ou do coração. Muitas vezes falhando em alguns aspectos,  como humanos que são. Mas ainda assim, capazes de enfrentar as maiores adversidades para prover e proteger sua família. 

Pais, não se sintam desprestigiados ou coadjuvantes, pois sem vocês a vida não seria capaz de se perpetuar.

Parabéns pelo seu dia, que na verdade é TODO dia!

sábado, 11 de agosto de 2012

Tempo de Romper


 



Em nossa jornada terrena, neste tempo em que usufruímos de aprendizados, conhecimentos, reconhecimentos, desafios,  amadurecimentos, declinando física e intelectualmente ao findar de nossa passagem mortal. 

Esse tempo transcorre de maneira célere e muitas vezes desafiadora, mas por estarmos envolvidos em afazeres quotidianos, não percebemos o lapso temporal que nos cerca e as consequentes mudanças ocorridas.

Nossa visão e discernimento são, muitas vezes, embotados por atitudes mecanizadas tais como: acordar, fazer a higiene pessoal, arrumar-se, beijar distraidamente filhos, pais ou cônjuge e a sair acelerados para o trabalho, escola ou para o quer que seja parte de nossa rotina diária.

O mesmo gestual mecanizado se repete durante a rotina escolar ou de trabalho. E prosseguirá repetitiva até o final do dia; quando exaustos, retornamos ao nosso tão aconchegante lar e fazemos tudo exatamente igual, todos os dias.

Me pus a poderar sobre o que nos leva a agir assim, tão superficiais e mecânicos. Qual o motivo da auto imposição de atitudes tão frívolas? Por que não romper este paradigma limitador e limitante?

Por que não agir, pelo menos algumas vezes, de maneira amorosa consigo mesmo e com os que nos são tão caros? 

Sempre reparamos na impessoalidade e na distância dos relacionamentos alheios, sem nos darmos conta que os nossos seguem o mesmo caminho. 

O mais complicado de tudo é que não percebemos onde residem as falhas acionadoras das atitudes mecânicas e impessoais. 

É de suma importância, iniciarmos a inserção de atitudes diferenciadas, buscando estreitar e harmonizar os laços e os relacionamentos.

Sempre é tempo de romper com fatos e atitudes limitadores, que afastam pessoas que se amam, tais como amigos, irmãos, filhos, pais e cônjuges, ansiosos por serem reconhecidos por sua importância em nossas vidas e que desejam (muitas vezes não tão secretamente) que demonstremos nosso amor, respeito e consideração por eles.

É tempo de romper a rotina e buscar a harmonia em nossos relacionamentos.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Conjecturando sobre o ciúme





O ciúme é mesmo um sentimento irracional e primitivo, mas é o resultado lógico dos medos primordiais que residem em nossa alma e coração.

Em contrapartida, é um sentimento que alimenta e apimenta o  relacionamento, quando dosado homeopaticamente, sem perder a medida e a ternura...

Quem nunca provocou a delíciosa sensação de ver olhos ciumentos e inquisidores, perscrutando os seus olhos e a sua alma, ardendo de ciúmes?

Quem nunca provou do doce envenenamento das dúvidas,  nascidas de nossa imaginação ciumentamente fértil? 

O ciúme é algo inevitável a quem ama. 

Quando se ama, verdadeiramente, deseja-se o ser amado única e exclusivamente para si,  totalmente destituído de histórias anteriores ou anseios e "possibilidades" ulteriores. Fato que por si só,  já se conota irracionalidade.

Como tudo nesta vida, o ciúme também carece de equilíbrio e parceria, para não ser destrutivo ao relacionamento com o ser amado ou com as pessoas que circundam o casal.

O amor tem mistérios e pressentimentos que seriam inconcebíveis às mentes lógicas e racionais. Todo o metabolismo e funcionamento cognitivo tem seu rumo modificado quando se está enamorado, apaixonado ou amando. O prumo da lógica é desviado para o reino das fantasias temerárias, tendenciosas e, muitas vezes, perigosas das deduções “logicamente” guiadas pela ilógica insanidade do ciumento.

“Arder de ciúmes” é um termo bastante apropriado para quem deixa-se sucumbir aos devaneios, que arrastarão o relacionamento (e o amor dedicado ao outro) para um final inglório e solitário.

O importante é entender, que de uma maneira ou de outra, todos sucumbiremos à falácia do ciúme, pois um dia, o coração há de se curvar ao sentimento que sempre será seu progenitor: o AMOR.Esse sentimento tão imenso e muitas vezes insano. 

A palavra AMOR é grafada, na língua portuguesa, com apenas 4 letras; sendo, apesar de minúscula, geradora de sentimentos avassaladores, disputas inenarráveis e de felicidade ímpar.

Em compensação, traz consigo o “apêndice” (o ciúme), que precisa ser gerido de forma equilibrada, para não “azedar” ou derramar fel na doçura do amor correspondido.

Felicidades a todos!


domingo, 5 de agosto de 2012

Onde buscar a FELICIDADE?




Tenho refletido muito, ultimamente: minhas escolhas tem me levado a caminhos que já trilhei antes e que sei exatamente onde desembocarão.

A experiência têm suas vantagens, mas também uma desvantagem incontestável: “o antes vivido imprime uma marca”.

Esta marca, mesmo que negada veementemente, é indelével. Por mais que seja disfarçada, ela sempre ressurgirá ou se fará visível cedo ou tarde.

Pensando especialmente em relacionamentos de amizade, o amigo que fala palavras menos gentis, necessariamente não nos quer magoar, mas sim alertar sobre algum ponto que precise ser corrigido.

Já o “amigo” que agride, que desrespeita ou que intercede em questões não pertinentes a ele, sem a devida solicitação, está incorrendo no delito de “invasão de privacidade”, seria bem lógico afastar-se desta pessoa, para não ter a liberdade cerceada.

Em ambos os casos, talvez a intenção seja boa. Mas para tudo há um limite. A individualidade deve ser preservada, respeitada. Macular uma amizade, atropelando a individualidade alheia, seria o mesmo que arrancar uma perna para implantar em um amigo deficiente físico, sem que ele tenha pedido tamanho desvelo.

O ato em si seria de uma generosidade ímpar, mas as consequências do ato seriam a cobrança eterna pelo “sacrifício extremo”. Nenhum relacionamento sobrevive às cobranças eternas.

O mesmo se dá em relacionamentos amorosos, onde quem “ama eterna e incondicionalmente”, vive levantando questionamentos e dúvidas, impondo condições e atitudes, que muitas vezes nem se permite proporcionar ao ser amado.

Este tipo de relacionamento é bem comum; mas o atrito,  a falta de compreensão e parceria, levam a um desfecho, também,“bem comum”, ou seja, tudo acaba inversamente proporcional ao começo: do ápice ao declínio.

Então o que seria ideal? O que seria FELICIDADE? Segundo alguns dicionários, ela é definida assim: “ é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude estão ausentes. Abrange uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem, ainda, o significado de bem-estar espiritual ou paz interior.”

A definição é bem abrangente, mas tenho que discordar dela, pois “um estado durável de plenitude” é algo bem utópico. Ninguém conseguiria atingir a plenitude desta definição, em um mundo de desigualdades e desilusões. Onde cada “alegria” é ofuscada com pelo menos três “notícias desagradáveis”.

Ao ler o seguinte trecho :"Todo mundo sonha em viver bem, com alguém especial e que faça sentir algo que nunca sentiu.", me pus a ponderar que este anseio secreto faz-nos procurar o pote de ouro no final do arco-iris, quando sabemos, intimamente, que a busca será inócua.

Compartilhar nossa estrada com “alguém especial” não é a síntese da felicidade. Felicidade para mim, não é o fim, mas sim o meio, ou seja: se soubermos olhar a paisagem, detidamente, seremos felizes no caminho para realizar nossos sonhos individuais.

sábado, 4 de agosto de 2012

É possível evitar as perdas?

Lendo sobre ausências e eternidade, sinto-me particularmente tocada. O tema é realmente muito profundo e suscita lembranças de pessoas que se foram, por terem partido de nossas vidas por motivos inadiáveis (morte física). 

Essas pessoas serão lembradas eternamente (docemente em alguns casos e amargamente em outros tantos). 

Mas existem casos em que, pessoas queridas, se apartam de nós deliberadamente ou por motivos "de força maior" (mudanças por trabalho, casamento, intercâmbio escolar, missão, etc) e nem por isto deixam de imprimir em nossas almas e corações marcas indeléveis de sua passagem. 

Muitas vezes, fatos, decisões, prioridades, afastam os que um dia foram unidos pela coincidência, pela busca ou por um destino já traçado por uma força superior. 

O afastamento e as ausências virão, cedo ou tarde. O importante "é não temer a dor da perda", pois, um dia, pessoas se afastarão de nós e, em outros casos, nos afastaremos delas. 

Portanto, nesta troca de ausências, muitas pessoas deixarão suas marcas em nossas vidas; e nós, nas de outras tantas. 

Todas estas trocas servirão como "degraus" em nosso caminho para a eternidade, onde certamente reencontraremos aos que magoamos e a quem nos magoou; e disto somos sabedores: "nada acontece por acaso!"

Tudo nesta vida tem um propósito, mesmo que ainda não entendamos muito bem qual seria.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Afinidade Espiritual



Ao conversarmos com alguém ou mesmo ao lermos uma publicação, em alguns casos bastante raros, sentimos uma afinidade tão estreita, que muitas vezes nos confundimos, imaginando se os pensamentos compartilhados não seriam nossos ou se não fomos apresentados àquela pessoa em alguma fase de nossa jornada.

O mais estranho, nestas afinidades tão latentes, é o fato de que mesmo desconhecendo detalhes da vida da tal pessoa (hábitos, crenças, experiências, etc), ainda assim sentimos uma proximidade tal, que nos leva a buscar (e conseguir) este intercâmbio.

Quando ocorre a primeira troca de energia, através do compartilhamento de  lembranças, de fatos e de anseios, percebe-se, em sobressalto, que o outro tem tamanha semelhança conosco, que nos pomos a imaginar: quem imita quem? Quem está fingindo para “impressionar”? Outro sobressalto, quando percebemos que a outra pessoa também conjectura sobre as mesmas dúvidas: Como poderia ser? 

Tamanha complexidade e afinidades, levam-nos a ponderar: “qual o motivo de tantas semelhanças, apesar da aparente disparidade?” Será que somos todos iguais? Pensamos sempre da mesma maneira e na mesma ordem cronológica, independente das experiências individuais? 

Não!  A resposta é: não! 

Somos pessoas diferentes, muitos com diferenças abissais. No entanto, o que nos aproxima de determinadas pessoas e nos mantém ao seu lado, é o encontro de almas, a afinidade espiritual. Nossos espíritos se reconhecem de uma maneira tão sutil e inusitada, que não entendemos, em nossa "vã (e restrita) filosofia", mas isto é um fato indiscutível! 

O reconhecimento do outro, na maioria das vezes, é imediato, praticamente premonitório. Tanto que rejeitamos e afastamos determinadas pessoas, sem um motivo lógico para justificar tal atitude. Em contrapartida, o convívio com outras pessoas nos é tão aprazível que desejamos mantê-las em nossas vidas, para toda eternidade.

Em virtude destes convívios e trocas de energia, sempre existentes nos relacionamentos humanos, penso que somos regidos por uma força maior, onipotente e onisciente, que nos orienta em nossas escolhas; quer sejam de amigos, de sócios ou do(a) companheiro(a) que nos amparará e partilhará de nossas experiências adultas durante a vida mortal e na vindoura.

Dar ouvidos a esta “voz orientadora”, audível apenas pelo o nosso “eu” imaterial, nos ajudará a fazer boas escolhas, proporcionando uma vida equilibrada e feliz!