quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O AMOR E SUAS NUANCES



(Imagem do Google - Autoria Desconhecida)






Apesar de demonstrar que compreendemos acerca de relacionamentos,  a teoria é perfeita, mas a aplicação, na prática, é um pouco mais complicada.

É verdade que o  lado racional, suplanta o emocional, na maioria das vezes, mas quando o assunto é relacionamento afetivo homem x mulher, as coisas não são tão simples assim; pois a emoção tem o dom magnifico de embotar a visão, mascarando o verdadeiro caráter das pessoas e suas reais intenções.

Em nossa busca desesperada pelo "par perfeito", "alma gêmea" ou seja  lá como se chame, aplicamos aquelas "baboseiras" dos contos de fadas, esperando a perfeição de um príncipe (ou princesa) encantado(a), que nunca virá, simplesmente porque só existe em nossa fértil imaginação. 

O que de fato existe são homens e mulheres falhos e imperfeitos. No entanto, esperamos do outro muito mais do que ele(a) pode nos dar ou que somos capazes de compartilhar.

Por outro lado, pergunto: onde está o amor próprio de quem se submete a um amor pela metade ou sem comprometimento? 

Como é possível se amar alguém, se nem sequer se ama e se respeita, a ponto de aceitar as "migalhas" do amor de quem não está disposto(a) ao menor sacrifício pelo relacionamento? 

O amor tem várias nuances; é importante que amemos ao nosso próximo, mas é dito que "amemos ao nosso próximo, como a nós mesmos"...

Se entendermos que nenhum de nós é capaz de suprir o “vazio universal” que habita a essência do outro, então, não julgaremos que alguém é o responsável por nossa felicidade ou sofrimento, visto que esses sentimentos só dependem de nós. 


Também não poderemos julgar que outrem dependa, única e exclusivamente de nossa presença em suas vidas para serem felizes.  Isto soaria como um "endeusamento" pessoal e não como amor.

As atitudes de desapego e abnegação, por nós esperadas, são atitudes divinas e, para ser sincera, nenhum de nós está pronto para tamanho sacrifício em nome do amor... Ou será que estaríamos?

Forte abraço.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A QUEM CULPAR?

(Imagem Google - Autoria Desconhecida)




É fato que as pessoas culpam  as religiões,  regras  e mandamentos por seus desenganos e "erros". 

Se não existissem regras, o mundo seria um "caos" onde todos poderiam tudo; ninguém respeitaria ninguém. 

Sem  regras instituídas, a culpa seria ausente.

Em minha opinião, as regras e mandamentos existem para nos proteger de nós mesmos e dos desmandos alheios. 

Se entendermos (religiosos ou não) que sempre existirão regras para todas as coisas e que quebrá-las é uma opção pessoal, que  gerará consequências, dentre elas a culpa, o arrependimento ou ainda sanções legais.

No caso de sermos fraternos, partiremos para restituir a quem prejudicamos, mas se formos egoístas a ponto de mantermos atitudes de desobediência, atendendo à nossa satisfação pessoal, seria o caso de sentirmo-nos vitoriosos, por mantermos o que achamos justo, independente da regra vigente. 

Imaginem-se dirigindo a 100km/h em uma estrada que pede 60km/h. De repente você avista uma carreta na contramão e que bate de frente no teu carro? Quem está errado?  


Se não existissem regras, todos estariam certos, pois não haveria limite de velocidade e muito menos contramão...Portanto, regras e mandamentos são necessários e o mais seguro seria segui-los, para evitarmos dores, arrependimentos e culpas.

As pessoas anseiam ausência de diretrizes e leis, para que possam agir de acordo com suas consciências;  sem o medo de punições ou culpas por estarem indo de encontro com o que lhes foi ensinado ou imputado desde a infância.

Todos  temos o poder  de decisão, temos o arbítrio, que nos permite escolher isto ou aquilo, mas sem deixar de lembrar que cada escolha traz consigo consequências. 

Portanto, não são os mandamentos que nos atormentam ou culpam, somos nós mesmos, que por medo, decidimos fazer coisas diferentes  do  que nossa consciência dita, apenas para  "posarmos de politicamente corretos", tanto na vida religiosa, quanto familiar ou social.

As regras, leis e mandamentos são diretrizes e não devem ser encarados como correntes que mutilarão nossas decisões pessoais.

A covardia e o medo é que nos aprisionam, pois se entendermos e aceitarmos determinada diretriz ou mandamento, o seguiremos  sem nos sentirmos "tolhidos" por cumpri-lo ou arrependidos se decidirmos "desobedecer"

Tendemos, todos, a fantasiar uma vida perfeita, sem culpas, medos, problemas ou questionamentos; mas sendo humanos,  imperfeitos e em eterno aprendizado sempre estaremos em dúvida quanto ao caminho a ser seguido (se o do coração ou se o das regras instituídas).

Sempre teremos escolhas, mas certamente sempre restará a culpa ou o arrependimento pelo que fazemos ou deixamos de fazer.

Bom início de semana!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

QUEM VOCÊ CONHECE?




(imagem Google - Autoria descohecida)


Acho interessante a forma como as pessoas se portam, de maneira até meio agressiva e pernóstica, afirmando com todas as letras “eu te conheço ... e sei exatamente porque estás fazendo isto”.

Se refletissemos com mais cuidado, ninguém poderia fazer tal afirmativa, mesmo que a pessoa em questão fosse seu filho, pai, irmão, cônjuge ou um amigo antigo.

Cada pessoa é um mundo de abstrações, sentimentos e atitudes. Nada que alguém faça pode ser plenamente presumível pelo outro, visto que muitas vezes nos assustamos com nossas próprias atitudes em determinadas situações.

Ninguém se conhece o suficiente para deduzir que agiria desta ou daquela maneira em uma situação de risco, de desafio, de medo, de ciúmes ou de fúria.

Temos, sim, premissas básicas, observadas em atitudes anteriores, tanto nossas como as de outrem, quanto a determinados assuntos, mas tudo muda, as pessoas mudam, os sentimentos mudam, os hormônios influem, nós mudamos.

Hoje poderemos considerar determinada pessoa a razão do nosso viver, a luz de nossos dias, o ar que respiramos, mas esta mesma pessoa, com suas atitudes levianas ou egocêntricas, se encarrega de derrubar todas as paredes de diamantes erigidas em sua homenagem, rasgar todos os tapetes vermelhos esticados para sua passagem gloriosa, lançar fora todos os escritos feitos  para enaltecer esta harmoniosa convivência.

O mais interessante é que a tal pessoa nem se dá conta do que está a fazer, permanecendo na doce ilusão de que conhece o outro muito bem e que continua ocupando o lugar de destaque conseguido a todo custo (mas perdido pela displicência de estar focado apenas no seu ego super inflado).

Estas situações não ocorrem apenas com pessoas que são extremamente belas fisicamente, ou de uma inteligência tão elevada ou primitiva, que não reconheçam o que ocorre ao seu redor. Isto ocorre com cada um de nós, quando deixamos de tentar conhecer-nos profundamente e às nossas reações ante aos fatos;  buscando apenas “apontar o dedo” para o outro, julgando e condenando-o, por entender que o “conhece” mais que ele próprio.

Tenhamos muito cuidado, pois egos inflados e autoritários só nos levam a perder quem mais amamos, levando-os a interpretações e avaliações que os afastará de nós para sempre.

Afinal, quem você conhece? Se nem de si próprio pode prever as reações?

Um beijo e boa semana!

sábado, 13 de outubro de 2012

ENREDADO NA PRÓPRIA TEIA




Imagem do Google - Autoria desconhecida


Nesta vida conturbada, diversificada e cheia de dificuldades, deparamo-nos com mais um novo desafio (já não tão recente ou inédito): o desafio das mentiras virtuais.

Somos todos sabedores, que as mentiras sempre fizeram parte dos anais da humanidade, no decorrer de sua história: uns mentiam para manter-se no poder, outros para angariar o seu próprio poderio. Outros, ainda, para conseguir a(o) sua(seu) amada(o) ou para proteger suas esposas e prole de desmandos do governo ou de amantes enciumadas(os).

Existem pensadores conhecidos e aspirantes à fama, que filosofam sobre as mentiras, imputando-lhes um poder impressionante ou defendendo a tese de que a verdade absolutamente não existe. Que a verdade é relativa, etc. e etc.

Ultimamente tenho me alarmado com a facilidade e diversificação de mentiras (ou meias-verdades, se o leitor assim preferir), divulgadas, postadas, compartilhadas, de maneiras tão descabidas e desnecessárias, que me ponho a ponderar sobre o motivo delas existirem ou estarem circulando, visto que são tão obviamente inacreditáveis, que duvido que os fins justifiquem os meios.

É verdade que muitas vezes somos obrigados a omitir determinados fatos, para proteger alguém que amamos ou prezamos, com a única finalidade de evitar que a tal pessoa sofra ao tomar conhecimento da tal situação. . .

Mascarar frequentes atitudes reprováveis de desrespeito ao próximo, seja ele nosso filho(a), cônjuge, namorado (a), chefe, irmã(o), amigo (a) ou qualquer outra pessoa com a qual convivamos seria negar-lhes o direito à VERDADE, seja ela qual for. 

Não temos o direito de decidir se a outra pessoa será capaz ou não de suportar a verdade que escondemos a todo custo; se será suportável ou não, isto cabe a cada um ao recebê-la. 

Quando agimos com tal onipotência e arrogância, crendo-nos os únicos portadores da “força” capaz de tudo suportar, estamos nos enredando na teia da mentira, que é longa, intricada, interminável. 

Tal atitude, apenas prolongará o sofrimento de todos os envolvidos, pois a verdade (que é inquestionável) sempre surgirá (quer mascarada ou nua e crua - como é de sua natureza); juntamente com suas consequências desastrosamente adiadas por quem enredou tais mentiras e está totalmente enredado na própria teia!

Um beijo e bom feriado a todos!