terça-feira, 23 de abril de 2013

CONTOS DE FADAS

Imagem Disney



Estava absorta entre livros, e-mails e arquivos pps. Mergulhada em tecidos epiteliais, estratos córneos,  ANVISA e cosmecêutica ...

De repente vem um assunto à minha mente. Relutei em escrever, pois tenho muitas prioridades e, no momento, escrever passa longe de ser uma delas... No entanto o assunto continuou a martelar a minha mente, então resolvi colocar mãos à obra ou seria às letras?

O assunto que estava me tirando a concentração era a influencia dos contos de fadas e das estórias infantis, no mundo dos adultos.

Por mais que neguemos ou que deleguemos o assunto à segunda categoria, a influência do que ouvimos, lemos e vivenciamos em nossa infância tem um papel preponderante em nossa vida adulta, principalmente no que concerne à vida emocional (afetiva).

Nós mulheres somos apresentadas, desde cedo, a contos melosos e idílicos onde existe uma linda princesa que será encontrada por um belo príncipe, que se não vier montado em um altivo cavalo branco, belo e fagueiro, será um musculoso jovem disposto a tirar a “linda princesa” aprisionada na torre do castelo por uma madrasta má.

Aos meninos, tão logo tenham algum entendimento,  é apresentado um mundo de lutas, guerras, monstros, no qual as mocinhas a serem salvas estão no ultimo lugar de suas prioridades. 

Além disto, em sua adolescência (ou antes) a esses adoráveis rapazes são concedidas vivencias e histórias, nas quais eles são os próprios “lobos maus”,  dispostos a seduzir e “devorar” desde a “Chapeuzinho Vermelho” até a pobre “Vovozinha”.

Concordo que todo o “cor de rosa” do mundo das meninas é um exagero bem prejudicial, mas transformar a inocência de um menino em  infame “canastrice” também é um ato ignóbil.

Não é de se estranhar que passemos a vida buscando inutilmente “o nosso príncipe encantado”, quando o que existem são homens talhados a ferro e a fogo para serem autênticos “lobos maus” guerreiros, mas sem nenhum dos atributos que buscamos e sonhamos desde daquele príncipe dantesco que nos fora apresentado nas estórias contadas (enquanto ainda usávamos cachinhos e tranças nos cabelos e tínhamos aquele olhar sonhador e crédulo que insiste em nos seguir até a maturidade).  

Não culpo os homens por sua frieza e incompreensão aos anseios femininos, nem posso culpar a nós (mulheres) por nossa pieguice e credulidade. 

Na verdade, se existisse a quem culpar, culparíamos aos tolos e rosados CONTOS DE FADAS que plantam e pintam o mundo com cores que, absolutamente, NÃO existem na vida real.

Um beijo pra voce e boa semana “meninos” e “meninas”.





his

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